Conheça algumas das consequências do cálculo errado do frete
Posted by Anônimo on 4.7.16 with 9 comments
Um dos momentos mais importantes da organização das operações de uma transportadora está no cálculo do frete, pois é neste momento que o transportador irá estipular o valor do seu serviço de transporte baseado em diversas características que são variáveis tais como: o tipo de carga que ele irá transportar, o volume e peso que a mesma irá ocupar, a distância entre os pontos de coleta e entrega da carga, dificuldades do percurso, taxa de pedágio dentre outras.
Tudo isso deve ser levado em consideração na hora do cálculo do serviço de transporte, porém muitas vezes o transportador erra nesses cálculos, o que pode gerar problemas de confiança, atraso no recebimento do valor acordado, queda no faturamento, pagamento em duplicidade e desconfiança com os embarcadores.
Neste artigo, iremos demonstrar quais são as consequências sofridas pelos transportadores quando erram no cálculo do frete com erros que, apesar de corriqueiros, causam tantos transtornos para a empresa transportadora.
Uma das primeiras falhas ao realizar o cálculo do frete está na tentativa de fazê-lo manualmente, utilizando máquinas calculadoras físicas. Esse cálculo manual geralmente incorre em erros, que quando percebidos já não é mais possível corrigí-los, causando aumento dos custos para o transportador, na correção dos dados errados. No caso de um caminhão que já tenha saído para a entrega, por exemplo, com um MDFe contendo um CTe incorreto, o Conhecimento incorreto deve ser corrigido antes da chegada do veículo em um posto fiscal, pois se o Manifesto já tiver passado pela leitura, não existe mais a possibilidade de cancelamento do CTe errado. O transportador pagará os impostos de dois CTes: o incorreto e o emitido posteriormente com os dados corretos.
A digitação do peso errado. Este é um deslize bastante comum no cálculo do frete, pois muitas vezes o transportador esquece que o cálculo deve ser feito baseado no peso cubado, que considera o volume X peso bruto, e não apenas o peso. O peso pode impor limites na quantidade de carga a ser transportada, assim como o volume, devido às limitações físicas dos veículos.
Assim como a inserção inadequada do peso, errar no valor da mercadoria (dados da nota fiscal dos produtos) pode trazer sérios problemas ao transportador, pois o valor da carga afeta diretamente no valor do seguro da mesma, visto que o transporte de itens que têm mais valor de mercado, como eletroeletrônicos por exemplo, tendem a ser as cargas mais interceptadas. Considerar isso no momento de fechar o valor do frete é essencial para a segurança tanto da empresa transportadora quanto, do embarcador.
Assim podemos listar as seguintes consequências de erros no cálculo do frete:
- Cobrança de um valor à maior ou à menor ao embarcador, gerando desconfiança e perda de credibilidade na empresa transportadora além de prejuízos financeiros;
- Atrasos no valor a receber do frete, em decorrência da correção dos documentos fiscais emitidos incorretamente;
- Impacto direto no faturamento da transportadora, que deixa de receber na data prevista;
- Impacto em termos fiscais com a receita caso exista um CTe incorreto incluso em um Manifesto já bipado em um posto fiscal, pois a SEFAZ impedirá o cancelamento do CTe, fazendo o transportador gerar outro Manifesto correto, tendo que pagar os impostos incindidos em ambos documentos: o CTe errado e o correto;
- Em caso de auditoria fiscal, documentos com informações conflitantes geram multas.
Portanto, para evitar a ocorrência de erros que prejudiquem o faturamento de sua empresa, fique atento na hora do cálculo do frete e do preenchimento dos documentos fiscais.
Por: Taísa Silveira
Parabéns Taísa, bom artigo. Bem pontual em suas observações. São erros que em muitas vezes são imperceptíveis para o empresário. Creio que além é claro de ter colaboradores bem treinados, tabela de frete em sistema... é necessário realizar medições através de indicadores de rentabilidade, erros na emissão, CTes cancelados, descontos concedidos, etc.
ResponderExcluirOlá Jefferson!
ExcluirQue bom que gostou deste artigo! Realmente ter uma equipe bem treinada faz toda a diferença no sucesso das operações!
Fique à vontade para sugerir temas que você ache interessante abordarmos aqui no blog!
Ótimo artigo. Irei inclusive divulgar para os demais amigos do trabalho. Critérios que muitas das vezes as pessoas acham que não interferem, mas que em um montante maior trás grandes prejuízos financeiros à transportadora, além é claro do desconforto junto ao cliente.
ResponderExcluirOlá Jurherolt!
ExcluirQue legal que você curtiu nossa postagem!
Continue acompanhando nosso blog pois sempre teremos novidades do mundo da logística!
Até mais!
Excelente artigo.
ResponderExcluirMas não é via de regra que o transportador deve emitir o CT-e com base no peso cubado. A cubagem é diretamente ligada ao tipo de mercadoria transportada, frente à análise volume x peso. Em experiências anteriores, tomando por exemplo empresas do ramo alimentício quais trabalhei, dificilmente o produto implicava em cubagem. O transportador sai perdendo? Não. Aí entra a negociação e a parametrização da tabela.
Excelente artigo.
ResponderExcluirMas não é via de regra que o transportador deve emitir o CT-e com base no peso cubado. A cubagem é diretamente ligada ao tipo de mercadoria transportada, frente à análise volume x peso. Em experiências anteriores, tomando por exemplo empresas do ramo alimentício quais trabalhei, dificilmente o produto implicava em cubagem. O transportador sai perdendo? Não. Aí entra a negociação e a parametrização da tabela.
Bom dia Filipe!
ExcluirÓtima observação, você fez! Realmente o dia a dia é que mostra ao transportador quais as maiores dificuldades e onde ele deve atentar-se para evitar erros e futuros prejuízos.
Muito bom esse artigo e muito produtivo para o processo das transportadoras e serviços prestados.
ResponderExcluirOlá, Adilio! Ficamos felizes em poder ajudar, aproveite os conteúdos do blog e conte com a Hive.cloud para ajudar sua transportadora! :)
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