5 ferramentas de gestão da qualidade que o gestor de transporte deve conhecer
Posted by Daniel Brasil on 21.9.15 with No comments
Os Sistemas de Qualidade existem para verificar os processos de uma empresa e focar na qualidade do produto ou serviço final. Atualmente, é possível encontrar diversas ferramentas fundamentais para apoiar gestores de qualquer área e promover melhoria na qualidade da gestão.
No segmento logístico, por exemplo, é possível utilizar diversas metodologias para identificar problemas e focar em melhorias contínuas. Veja a seguir 5 ferramentas essenciais que você deve conhecer:
PDCA
PDCA (Plan-Do-Check-Adjust ou Planejamento / Execução, Checagem, Ação), é uma ferramenta de gestão baseada em quatro passos para correção de erros e foco na melhoria contínua de processos e produtos. Este método de gestão se fundamenta em um ciclo, ou seja, todo o planejamento e ação desenvolvidos nele, não possuem um final pré-estabelecido.
As etapas do Ciclo PDCA são divididas da seguinte maneira:
1 - P = (Plan/Planejamento): É realizado um planejamento para estabelecer os processos necessários para entregar os resultados conforme os objetivos e metas da empresa.
2 - D = (Do/Execução): É posto em prática todo o plano elaborado anteriormente. É realizada também uma coleta de dados para mapeamento e análise que serão utilizados nos passos seguintes.
3 - C = (Check/Checagem): É analisado o resultado coletado na fase de Execução e posteriormente comparado com os resultados esperados na fase de Planejamento.
4 - A = (Act/Ação): São realizadas ações corretivas para que a empresa possa alinhar os resultados reais com o que foi inicialmente planejado.
Como podemos observar na imagem abaixo, o ciclo PDCA representa uma base para a melhoria contínua, já que ao final quarta etapa, inicia-se novamente um novo planejamento para se alcançar novos patamares de qualidade.
5W2H
5W2H é uma ferramenta de gestão que tem como objetivo facilitar a elaboração de planos de ação, funcionando como um checklist, onde são mapeadas as atividades que precisam ser desenvolvidas.
Com esta metodologia é possível observar com clareza o planejamento das atividades e elaboração de projetos. Veja abaixo a representação de cada diretriz desta ferramenta:
- What- (O que) O que será feito?
- Why- (Por que) Qual a razão de ser feito?
- Where- (Onde) Em que local será realizada tal ação?
- When- (Quando) Em que momento ocorrerá?
- Who- (Por quem) Quem serão os responsáveis por cada atividade?
- How- (Como) Quais serão as ferramentas utilizadas e de que forma serão utilizadas?
- How much- (Quanto) Quanto custará fazer?
MASP (QC Story)
O MASP (Método de Análise e Solução de Problemas) é uma metodologia japonesa (QC-Story) para análise e solução de problemas. Baseado em 8 etapas, este método procura identificar o problema e solucioná-lo de maneira efetiva. Veja:
1. Identificação: Definição do problema a ser solucionado;
2. Observação: Levantamento de dados para identificar as características específicas do problema identificado;
3. Análise: Diagnóstico das principais causas do problema;
4. Plano de ação: Montagem de plano de ação para bloquear as causas prováveis do problema;
5. Ação: É colocado em prática todo o plano de ação para efetivar o bloqueio das causas do problema;
6. Verificação: Verificação das ações promovidas. Caso ainda não sejam efetivas, torna-se necessário retornar à Etapa 1;
7. Padronização: É feita a padronização dos métodos para evitar que o mesmo problema volte a ocorrer;
8. Conclusão: Análise de todas as etapas e verificação da real solução do problema;
Pareto
O princípio de Pareto, também conhecido como princípio 80-20, é um método de análise que pode ser utilizado para medir a produtividade de uma empresa. Seu princípio se baseia que 80% dos resultados decorrem de 20% das causas e vice versa.
Para uma gestão estratégica, o princípio de Pareto mostra que as empresas devem focar seus esforços em 20% das atividades que realmente importam. Assim, é possível obter algumas das seguintes vantagens:
- Facilidade de direcionar esforços;
- Eliminar a improdutividade e desperdícios;
- Alcançar resultados com poucas ações.
Como exemplo prático, é possível observar o caso de uma transportadora que ao aplicar o princípio de Pareto, visualiza que 20% de suas atividades são responsáveis por 80% de seu faturamento. Logo, fica clara a necessidade de aumentar o foco nas atividades que estão dando maior resultado.
Diagrama de Ishikawa
O Diagrama de Ishikawa, conhecido também como Diagrama de Causa e Efeito, Diagrama Espinha-de-peixe, ou Diagrama 6M, é uma ferramenta utilizada para a melhoria e controle da qualidade nas empresas. Com ele é possível estruturar hierarquicamente as causas de determinado problema, agrupando-os em 6 diferentes causas possíveis: materiais, métodos, máquinas, mão-de-obra, meio ambiente e medidas.
A imagem abaixo traz o exemplo de uma transportadora que possui alta rotatividade de funcionários.
Assim, ao identificar o problema, é possível desmembrar as possíveis causas e tratá-las de maneira única.
Conforme vimos, cada uma das cinco metodologias possuem suas diferenças, porém, em todos os casos buscam a melhoria contínua como objetivo final. Desta forma, independente da ferramenta utilizada em uma transportadora, é fato que deve haver um total conhecimento de como implementá-la para melhorar a qualidade de um processo.
Vale destacar também que estas ferramentas e outras existentes, também podem ser utilizadas em conjunto para facilitar a solução de problemas e buscar melhorias na gestão.
E você, utiliza alguma dessas ferramentas em sua transportadora? Conte-nos sua experiência!
Categories: cargas, gestão da qualidade, Gestão de Transportes, gestor de transportes, masp, pareto, pdca, serviço, transportador, transportadora
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